Exxon atrasa desenvolvimento de projeto de captura e armazenamento de carbono

Exxon captura

Para muitas empresas petroleiras, o próximo bilhete premiado será o desenvolvimento de uma tecnologia que permita capturar o carbono emitido na atmosfera e estocá-lo de volta no subsolo, de maneira a reduzir a concentração de gases de efeito estufa causadores do aquecimento global. No entanto, parece que uma das gigantes do setor não está tão interessada nessa possibilidade.

A Bloomberg mostrou que a ExxonMobil decidiu adiar a implementação de um projeto no estado norte-americano do Wyoming que pretendia bombear o dióxido de carbono liberado junto com a exploração do gás natural de volta para o subsolo, o que eliminaria a necessidade de queimá-lo, já que ele é economicamente pouco interessante para a companhia. O projeto está estimado em US$ 260 milhões, que representam um mísero 1% do orçamento de capital da ExxonMobil para 2020, e sua implementação poderia representar um avanço significativo para a tecnologia de captura e armazenamento de carbono (CCS). No entanto, ele foi adiado indefinidamente sob a justificativa de que a pandemia teria prejudicado os planos da empresa. Curiosamente, a mesma ExxonMobil manteve planos para expandir operações de extração de petróleo na costa da Guiana, ao custo de US$ 9 bilhões. Prioridades, né?

Em tempo: Três companhias da Austrália e do Japão se uniram para desenvolver uma proposta ambiciosa: capturar dióxido de carbono (CO2) de indústrias na região Ásia-Pacífico e armazená-lo no leito do oceano na costa australiana. De acordo com a Bloomberg, a ideia é usar um centro flutuante, tecnologia atualmente em uso no setor de gás, para injetar o material no fundo do mar.

 

ClimaInfo, 8 de dezembro 2020.

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