Amazônia é central para o sucesso do Acordo de Paris, defende ex-negociador climático dos EUA

Todd Stern

O recado não poderia ser mais claro: “É virtualmente impossível alcançar as metas do Acordo de Paris, que (…) todas as nações do mundo endossaram, sem manter a Amazônia intacta”, disse Todd Stern, ex-negociador-chefe dos EUA para o clima, durante plenária da Concertação pela Amazônia. Stern, um dos protagonistas do processo de negociação e adoção do Acordo de Paris, comentou sobre a prioridade que a Casa Branca de Joe Biden dará à questão amazônica dentro da agenda climática internacional. Ele também deu detalhes sobre o plano apresentado por um grupo de ex-negociadores para os EUA, que propõe medidas para intensificar a atuação norte-americana em favor da proteção da Floresta Amazônica.  “A ciência está dizendo claramente que precisamos parar o desmatamento globalmente nesta década”, disse Stern. “O desenvolvimento descontrolado e o desmatamento ilegal na Amazônia não podem ameaçar a segurança e o bem-estar das pessoas no Brasil e no mundo”. Daniela Chiaretti deu mais detalhes no Valor.

Em tempo: O Mongabay destacou uma pesquisa de opinião conduzida pela YouGov com mais de 12 mil pessoas em 12 países europeus sobre as perspectivas dos cidadãos da União Europeia sobre a aprovação do acordo comercial com o Mercosul. A grande maioria (75%) afirmou que os governos europeus não podem ratificar o documento enquanto não se houver garantias mais sólidas de que a intensificação do comércio entre os dois blocos não causará mais desmatamento na Amazônia brasileira. Apenas 12% dos entrevistados concordaram com a aprovação do acordo mesmo com o aumento potencial do desmatamento. A pesquisa foi encomendada pela ONG Rainforest Foundation Norway e realizada entre os dias 12 e 21 de janeiro passado.

 

ClimaInfo, 25 de fevereiro de 2021.

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