Emissões globais por setor indicam a dificuldade de limitar o aquecimento global

emissões globais

Em 2018, a humanidade foi responsável pela emissão de quase 60 bilhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (GtCO2e), a maior parte vinda da queima de combustíveis fósseis. O esforço de 28 pesquisadores de 17 países diferentes (entre eles, Suzana Kahn, da COPPE-RJ) permite ver os setores da economia que geram essas emissões. O trabalho, publicado na Environmental Research, explica os critérios adotados para alocar as emissões entre indústria, energia, edificações, transporte e o uso da terra (o trabalho usa a sigla AFOLU, que significa agropecuária, floresta e outros usos da terra). Assim, a queima de combustíveis para gerar eletricidade é alocada para o setor onde o consumo se dá, como na indústria e nas edificações. O mesmo vale para geração e distribuição de calor nos países mais frios.

Em 2018, o setor de energia respondeu por 34% das emissões, indústria por 24%, uso da terra por 21%, transporte por 14% e  edificações por 6%. Quanto à distribuição geográfica, a América do Norte e a Ásia Oriental (bloco da China, Japão, as duas Coreias e Taiwan) respondem por quase metade das emissões globais. Em termos do crescimento, entre 2010 e 2018, este foi puxado pela Ásia Oriental e pelo bloco do Sul da Ásia. Na América Latina, as emissões permaneceram praticamente constantes, lembrando que o desmatamento por aqui cresceu lentamente e a recessão econômica que atravessamos segurou o aumento das nossas emissões.

 

ClimaInfo, 16 de março de 2021.

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