Geração elétrica renovável precisa ser acelerada para viabilizar metas do Acordo de Paris, alerta IRENA

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A tecnologia necessária para descarbonizar o setor energético global até 2050 já existe, mas ainda falta um impulso decisivo por parte dos governos para acelerar esse processo de transição nas próximas décadas. Segundo a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), em seu relatório sobre a transição energética global, 90% de todas as soluções para neutralizar as emissões líquidas de carbono até meados deste século envolverão tecnologias como a geração por fonte renovável (como eólica e solar), eficiência energética e o uso de hidrogênio verde (feito a partir de energia renovável). Os outros 10% poderão ser atendidos por captura e armazenamento de carbono, o que permitirá ao mundo atingir a neutralidade do carbono e viabilizar a meta de limitar o aquecimento do planeta em 1,5°C com relação aos níveis pré-industriais, conforme previsto pelo Acordo de Paris.

O relatório apresenta um “mapa do caminho para o 1,5°C”, prevendo a triplicação da geração de energia por fontes renováveis até 2050, o declínio do uso de combustíveis fósseis em 75% e o pico do consumo de gás natural por volta do ano de 2025, de maneira a torná-lo a última fonte fóssil significativa remanescente no setor energético em 30 anos. Para tanto, os investimentos para a transição energética precisam aumentar em 30% com relação ao montante planejado até agora, totalizando US$ 131 trilhões nas próximas três décadas.

“A janela de oportunidade para atingirmos essa meta está se fechando rapidamente”, alertou Francesco La Camera, diretor-geral da IRENA. “A tendência recente mostra que a distância entre o que estamos fazendo e o que deveríamos estar fazendo está aumentando. Precisamos de uma aceleração drástica da transição energética para virarmos esse jogo”. Guardian e Reuters repercutiram essa notícia.

 

ClimaInfo, 17 de março de 2021.

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