Brasil e mais de 60 países correm risco de perda de classificação de crédito por emissões de carbono

crédito por emissões de carbono

Pelo menos 63 países, entre eles o Brasil, podem sofrer rebaixamento de suas classificações de risco financeiro nesta década por causa da falta de ação para reduzir as emissões de carbono, de acordo com economistas das universidades de Cambridge e East Anglia (Reino Unido). Eles publicaram a 1ª classificação de crédito soberano ajustada para o clima no mundo, analisando os indicadores financeiros e os riscos climáticos de 108 países e projetando cenários para os próximos 10, 30 e 50 anos.

A análise concluiu que uma política climática rigorosa e consistente com a meta de aquecimento de 2°C, definida pelo Acordo de Paris, poderia praticamente eliminar o efeito da mudança do clima nas classificações. Em contraste, uma situação de inação climática pode resultar em uma queda média de 1,02 graus na classificação de ao menos 63 países. Em toda a amostra, a mudança do clima poderia aumentar os pagamentos anuais de juros sobre a dívida soberana em US$ 22-33 bilhões sob o cenário RCP 2.6 de aquecimento, mais baixo; já sob o cenário RCP 8.5, mais alto, esse valor deve ficar em US$ 137-205 bilhões. Em termos de classificação, o Brasil acompanharia EUA e Canadá com uma queda de dois graus; já Alemanha e Índia desceriam três graus, enquanto Chile, China e México sofreriam uma queda ainda mais forte, de quatro graus. Business Standard e Guardian deram mais detalhes.

 

ClimaInfo, 19 de março de 2021.

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