A Assembleia Nacional da França aprovou neste sábado (10/4) a proibição de voos domésticos em trechos que possuam alternativas ferroviárias com até duas horas de duração. A medida faz parte da lei climática apresentada pelo governo de Emmanuel Macron no mês passado e é um dos pontos mais divisivos da proposta, já que ativistas climáticos defendiam a eliminação de voos em trechos com opção ferroviária com até quatro horas de duração, enquanto críticos do projeto assinalavam o impacto que isso pode causar na indústria aeroviária francesa, já bastante prejudicada pela pandemia.
Segundo o Le Monde, trechos populares entre os viajantes franceses, como de Paris às cidades de Nantes, Lyon e Bordeaux, serão eliminados para viagens simples, de ida e volta; já os voos de conexão continuarão sendo permitidos. A proposta também prevê regras para compensação gradual de carbono em voos domésticos e proíbe a expansão de instalações aeroportuárias caso elas resultem em um aumento das emissões de carbono. BBC, Guardian e Reuters também abordaram essa notícia.
Em tempo: Uma pesquisa de opinião na Europa mostrou que a maior parte dos viajantes de negócios pretende fazer menos voos no pós-pandemia, graças ao uso crescente de videoconferência. Segundo levantamento feito pela YouGov, a pedido do European Climate Foundation, quatro em cada dez passageiros frequentes vislumbram voar menos nos próximos meses e anos. Por outro lado, cerca de ⅓ desses viajantes disse que devem voltar a voar na mesma frequência que no passado. Guardian e Reuters deram mais detalhes.
ClimaInfo, 13 de abril de 2021.
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