Setores do agro articulam manifesto em apoio a Bolsonaro 

salles coca-cola

No Valor, Rafael Walendorff informou que algumas associações de produtores rurais articulam um manifesto favorável ao governo, para contrapor as críticas domésticas e internacionais à condução da pandemia pelo presidente Bolsonaro. A articulação acontece fora dos principais grupos representativos do setor, como a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) e a Frente Parlamentar do Agronegócio. O próprio governo também teria atuado contra o manifesto, temendo a repercussão negativa que o Planalto e o próprio setor agropecuário poderiam sofrer por conta de críticas mais contundentes ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal.

Enquanto isso, o Ministério Público, junto ao Tribunal de Contas da União, entrou com nova representação contra o ministro Ricardo Salles, pedindo que o TCU abra um inquérito para averiguar acusações de improbidade administrativa. Míriam Leitão destacou n’O Globo alguns pontos da denúncia, bem como a movimentação da oposição no Congresso para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra Salles.

Por falar em Congresso, Carla Zambelli, presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara (é sempre bom repetir, para deixar claro o absurdo), causou desconforto à Coca-Cola ao fazer um post nas redes sociais associando a multinacional norte-americana com Salles. A empresa anunciou na semana passada que assinou um acordo no âmbito do Programa Adote um Parque para doar recursos para a conservação de uma Unidade de Conservação no Amazonas. Em nota repercutida no UOL, a companhia ressaltou que essa ação é “mais uma” dentre um conjunto de iniciativas apoiadas por ela na região da Amazônia.

Em tempo: A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) entregou ontem ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, uma carta assinada por 60 bispos da região da Amazônia com críticas ao projeto de regularização fundiária discutido pela casa nas últimas semanas. No texto, os bispos contestam a urgência dada pelos senadores à tramitação do PL 510/2021. “A regularização fundiária no Brasil é extremamente relevante e requer a atenção da sociedade. Mas, numa situação de emergência como a que enfrentamos com a pandemia, não há urgência ou lacuna legal que justifique o retorno de um PL sobre tema tão complexo, pois a legislação vigente (Lei 11.952/2009) já atende aos pequenos e médios produtores”, diz a carta. A Veja deu mais detalhes.

 

ClimaInfo, 5 de maio de 2021.

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