O plano de Biden de eletrificar o transporte pode amplificar um típico “vazamento” de emissões. Os EUA exportam centenas de milhares de carros velhos, acima de tudo para países mais pobres onde a regulação e controle de emissões beira o inexistente. Arianna Skibell, na E&E News, diz ainda que se trata dos carros mais velhos e sujos, aqueles que não passariam mais pelas inspeções veiculares americanas e europeias. Ela cita que, hoje, a frota global de carros beira os 1,4 bilhões e se o crescimento do transporte individual continuar na tendência atual, esse número pode dobrar até meados do século, assim como suas emissões. Enquanto nos EUA os modelos mais novos são projetados para durarem cerca de 12 anos, em Uganda, a idade média de um carro a diesel é 20 anos. Com a eficiência diminuindo com a idade e as emissões aumentando, o impacto climático de se eletrificar carros nos EUA e Europa fica comprometido por essas exportações. O artigo cita soluções apontadas por pesquisadores: fazer como Brasil, Índia e Egito que proibiram a importação de carros usados ou como o Marrocos e Singapura que impuseram padrões de emissão veicular para eles. E os países de origem, também podem ajudar restringindo a exportação de velharias ineficientes e sujas. A Scientific American também publicou o artigo.
ClimaInfo, 25 de maio de 2021.
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