A conta corrente energética do planeta é a diferença entre a energia do Sol que chega às superfícies dos oceanos e continentes e a energia que é devolvida de volta para o espaço. Como esta está chegando mais do que saindo, a atmosfera está se aquecendo.
Um estudo conjunto publicado na Geophysical Research Letters e conduzido pela NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço)e pela NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional), mostrou que esta diferença vem aumentando e chegou a dobrar nos 15 anos entre 2005 e 2019.
Isso se explica pela soma de vários fatores: aumento crescente da concentração de gases causadores do efeito estufa; redução das nuvens que refletem a energia solar antes que estas atinjam as superfícies; a perda de gelo e neve; e pelo aumento da exposição das superfícies escuras no mar, em substituição à camadas de gelo – gelo e neve refletem mais energia do que o solo e a superfície do mar. O aquecimento também recebeu um empurrão do El Niño de 2015-16, o qual contribuiu bastante para reduzir a cobertura de nuvens.
Norman Loeb, da NASA, comentou que houve uma combinação das emissões humanas de gases de efeito estufa com a variabilidade natural. “E durante este período ambos causam o aquecimento, levando a uma mudança significativa no desequilíbrio energético da Terra. A magnitude desse aumento é sem precedentes.”
Vale ver a nota da NASA e o artigo que saiu no The Guardian.
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ClimaInfo, 21 de junho de 2021.
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