553 siderúrgicas mais emissoras comprometem a meta de Paris

Siderúrgicas

O setor de ferro e aço responde por 11% das emissões globais de dióxido de carbono. O destaque do setor são as 533 plantas siderúrgicas que emitem cerca de 3 bilhões de toneladas. Fossem um  país, seriam o 3º maior emissor, atrás apenas da China e dos EUA. Essas 533 plantas representam mais de 80% da capacidade de produção de aço do mundo. Metade desta capacidade fica na China, e Japão e Índia vêm em seguida, com uma capacidade combinada de 10%. Em quase todas, o aço vem de altos-fornos, onde o carvão mineral é queimado para gerar as altas temperaturas do processo e seu carbono é usado para remover o oxigênio do minério. O resultado, além do aço, é a liberação do dióxido de carbono vindo da queima e da reação de redução. Dados sobre a localização, capacidade e outras informações técnicas estão no novo monitor da GEM (Global Energy Monitor) dedicado às siderúrgicas. A plataforma mostra as 42 plantas em construção ou final de projeto. Dois terços delas incluem altos-fornos.

Da lista, por aqui, das 13 maiores plantas, 9 operam altos fornos e 3 menores operam fornos elétricos a arco.

Vale ver a matéria de uma das analistas do GEM que saiu na Carbon Brief. Caitlin Swalec escreve que para limitar o aquecimento global em 1,5°C, as emissões do setor terão que cair 90%. Hoje existe uma sobrecapacidade de 20%, o que significa que para cumprir esta meta muitas plantas terão que virar ativos encalhados, como as reservas de petróleo e carvão.

 

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ClimaInfo, 2 de julho de 2021.

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