O legado tóxico do chumbo da gasolina

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A BBC abordou uma das ameaças químicas mais persistentes à saúde humana: a intoxicação por chumbo. Ao menos ⅓ das crianças de todo o mundo sofrem com a presença desse metal no organismo, o que pode afetar o desenvolvimento cognitivo ao longo de toda a vida.

A UNICEF e a ONG Pure Earth estimam que até 800 milhões de pessoas tenham níveis de chumbo no sangue iguais ou superiores a 5 microgramas por decilitro (µg/dL), patamar em que uma intervenção é necessária para se evitar complicações de saúde.

Mesmo décadas após a proibição do produto, o chumbo de gasolina segue sendo um dos principais fatores de intoxicação, inclusive no Brasil. A adição de chumbo à gasolina é proibida no país desde 1989, mas pesquisas recentes continuam mostrando a presença desse tipo de chumbo no ar da cidade de São Paulo.

Por outro lado, a concentração de chumbo diminuiu em cerca de 50 vezes entre 1970 e 2005. Outra fonte problemática é a reciclagem informal e inadequada de baterias de chumbo, especialmente em países de baixa e média renda. Esse trabalho é muitas vezes feito por crianças, que ficam expostas a um alto risco adicional de intoxicação.

 

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ClimaInfo, 26 de julho de 2021.

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