Crise climática: cientistas identificam sinais de colapso na corrente do Golfo do México

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Um dos pontos de não retorno (tipping points) climáticos mais críticos é uma desestabilização da AMOC (sigla em inglês para a Circulação Meridional de Capotamento do Atlântico) da qual a corrente do Golfo faz parte. Ela é responsável por levar as águas quentes do Caribe para as costas ocidentais dos Reino Unido, Irlanda e Noruega, onde é influência importante para amenizar o frio nas altas latitudes da Europa. A ciência indica que a dupla combinação do aumento da temperatura com o aumento de água doce vinda do degelo do Ártico e da Groenlândia ajam como um freio na corrente e empurrando cada vez mais para o sul o seu ponto máximo ao norte. Em um trabalho que acaba de sair na Nature, Nikas Boers sugere a observação de um conjunto de indicadores para monitorar o comportamento da AMOC. Em conversa publicada na página do Instituto Potsdam, onde trabalha, Boers explica que ao longo de períodos geológicos, a AMOC  apresenta dois modos de operação; um mais forte e outro mais fraco. Durante a era humana, ela permaneceu em seu modo forte, mas, nos últimos tempos, parece estar ralentando. Os indicadores propostos por Boers servirão para ver se o aquecimento global empurrará a AMOC para o modo fraco. Além de levar a um mundo que a humanidade desconhece, ele permanecerá no novo modo por períodos geológicos de tempo. As análises de Boers indicam que estamos nos aproximando deste ponto de não retorno.

O The Guardian, a Reuters e o Washington Post comentaram o trabalho.

 

ClimaInfo, 6 de agosto de 2021.

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