Indústria automobilística brasileira defende etanol na transição para carros elétricos

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O estudo da ANFAVEA sobre os caminhos para a eletrificação da frota automotiva brasileira seguiu tendo repercussão nesta 4ª feira (11/8). Destacamos esse assunto ontem: de acordo com a entidade, a indústria prevê investimentos de R$ 150 bilhões nos próximos 15 anos. Isso permitirá uma expansão da produção e das vendas desse modelo no país, ainda que de maneira mais lenta do que vem sendo visto em outros países: em 2030, a estimativa é de que os elétricos representem entre 12% e 22% do total de vendas de veículos novos, e de 32% a 62% em 2035.

No Valor, Marli Olmos explicou que a indústria automobilística brasileira enxerga o etanol como um combustível de transição importante e, por isso, aposta na ampliação do uso dessa tecnologia no mercado brasileiro. De acordo com o estudo, o uso mais intensivo de etanol na frota circulante pode reduzir sozinho em até 15% o volume de emissões até 2035.

Para tanto, o setor dependerá de políticas públicas do governo, inclusive como um argumento para facilitar a “venda” dessa ideia às matrizes das montadoras no exterior, cada vez mais preocupadas com as incertezas econômicas do Brasil. Além de incentivos, a indústria também espera mais proatividade na renovação da frota, com restrições à circulação de veículos antigos e mais poluentes como impulso para os motoristas trocarem seus carros por modelos novos e flex.

As projeções da ANFAVEA sobre a eletrificação da frota automotiva no Brasil também tiveram destaque na Agência Brasil, Automotive Business, CNN Brasil, Estadão e Poder360.

 

ClimaInfo, 12 de agosto de 2021.

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