China condiciona cooperação climática com EUA à melhoria das relações bilaterais

Chia EUA agenda climática

Os dois maiores emissores de gases de efeito estufa do planeta não estão falando a mesma língua no que diz respeito às ações necessárias para enfrentar a crise climática. Isso ficou evidente nesta 5ª feira (2/9), durante conversas entre o enviado especial dos EUA para o clima, John Kerry, com representantes do governo da China. O principal objetivo de Kerry era conseguir uma sinalização positiva de Pequim sobre novos compromissos e metas de ação climática antes da Conferência da ONU sobre o Clima (COP26). No entanto, o governo de Xi Jinping não escondeu que o desconforto generalizado entre os dois países está prejudicando os esforços de cooperação climática bilateral.

“A cooperação China-EUA para mudança climática não pode ser separada do ambiente geral de nossas relações”, afirmou Wang Yi, ministro chinês de relações exteriores. “Os EUA precisam tomar ações positivas para colocar as relações de volta aos trilhos”.

Kerry, por sua vez, buscou minimizar as desavenças políticas entre Washington e Pequim, mas reconheceu que elas podem causar problemas para a cooperação climática entre os dois países. Por outro lado, o representante de Joe Biden reforçou que a questão climática não pode estar condicionada a outras agendas. “O clima não é ideológico, nem partidário, e nem uma arma geoestratégica”.

Bloomberg, Financial Times, Guardian, NY Times, Reuters e Washington Post repercutiram a “troca de gentilezas” entre americanos e chineses.

 

ClimaInfo, 3 de setembro de 2021.

Se você gostou dessa nota, clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.