EUA definem meta para substituir combustível fóssil na aviação civil

EUA aviação civil

O governo de Joe Biden anunciou na semana passada um novo programa para promover o uso de combustíveis mais limpos e sustentáveis na aviação civil, de maneira a tornar o setor carbono-zero até 2050. Para a Casa Branca, a iniciativa será decisiva para viabilizar as metas climáticas dos EUA e impulsionar a transição energética em um dos setores mais carbono intensivos da economia. A ideia de Biden é oferecer incentivos para que montadoras e companhias aéreas invistam no desenvolvimento de alternativas ao atual combustível de aviação feito de petróleo, bem como em eficiência energética nas aeronaves. A participação no programa exigiria dessas empresas o compromisso de reduzir ao menos 50% das emissões de gases de efeito estufa do ciclo de vida.

Se tudo der certo, de acordo com Biden, os EUA chegarão a 2030 produzindo três bilhões de galões de combustível aéreo sustentável, feito a partir de resíduos, plantas e outros materiais orgânicos, o que reduziria as emissões do setor em 20% em relação aos níveis atuais. O NY Times detalhou a proposta da Casa Branca e apontou para um possível efeito colateral da descarbonização da aviação civil: a produção adicional de milho e soja, a ser transformada em biocombustível, pode intensificar o desmatamento em áreas críticas como a Amazônia. “Adicione as emissões de fertilizantes e do transporte e processamento das safras em combustível, e os custos climáticos gerais tornam-se duvidosos”, destacou a reportagem.

O Washington Post também abordou o plano de Biden.

 

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ClimaInfo, 14 de setembro de 2021.

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