Depois de quase dois anos, o movimento estudantil Fridays for Future realizou, na 6ª feira (24/9), manifestações de rua em mais de uma centena de países. A ativista Greta Thunberg participou dos atos em Berlim junto com outros 100 mil jovens, onde lembrou as vítimas da pandemia e o fracasso dos governos em aproveitar a retomada econômica pós-COVID para acelerar a transição para o carbono zero.
“Ainda podemos reverter isso [a crise climática]. Exigimos mudança e somos a mudança”, disse Greta. A manifestação aconteceu na véspera da eleição que escolherá o novo governo da Alemanha, depois de 16 anos do comando do país por Angela Merkel.
Já no Brasil, grupos jovens fizeram manifestações em São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Distrito Federal, entre outras cidades. Os jovens brasileiros defenderam não apenas mais ambição climática dos países, mas também respeito por parte do governo Bolsonaro ao meio ambiente e aos Povos Indígenas. “Os mais afetados pela crise climática, também são aqueles que estão em situação de vulnerabilidade social e lutam diariamente contra outras crises. Para alcançar a justiça climática precisamos também lutar por justiça social”, disse Adriani Maffioletti, integrante do Fridays for Future Brasil e da etnia Mbyá Guarani.
Folha, UOL, AFP, Associated Press, BBC, Guardian, Reuters repercutiram as mobilizações da juventude por mais ação climática.
Em tempo: Vale a pena ler a entrevista de Greta Thunberg ao Guardian, na qual a jovem ativista fez um balanço de três anos de mobilizações de rua contra a crise climática e as mudanças que essa experiência precipitou nos jovens e nela própria – em particular, o valor da amizade e da cooperação. “Eu não tinha coragem de fazer amigos. Agora, quando tenho muitos amigos, realmente vejo o valor da amizade. Além do clima, quase nada mais importa. Na sua vida, a fama e a carreira não importam em nada quando você as compara com a amizade”.
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ClimaInfo, 27 de setembro de 2021.
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