Pentágono: crise climática desafiará segurança internacional e ações militares

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O governo dos Estados Unidos divulgou na última semana um conjunto de estudos que explorou o impacto da mudança do clima em segurança e estabilidade internacional. A conclusão não é exatamente uma novidade, mas o tom é contundente: a crise climática pode criar ou intensificar conflitos entre grupos humanos em vários níveis, desde o ambiente local até o global, nas próximas décadas.

Os relatórios foram elaborados pelos departamentos de Defesa e Segurança Interna, além do Conselho Nacional de Inteligência e da própria Casa Branca, e representam a primeira análise consolidada da comunidade de inteligência dos EUA sobre a relação clima e conflito. Dentre os pontos destacados, estão o risco de maior deslocamento de pessoas por causa de eventos climáticos extremos (como secas e tempestades), a competição por recursos naturais e alimentos, além da abertura de novos espaços (como o Ártico) para disputas geopolíticas entre as grandes potências. As análises também oferecem insumos e informações para que as Forças Armadas norte-americanas identifiquem necessidades e implementem soluções de adaptação climática para manter suas operações.

Outra conclusão de destaque é a projeção de que os países “provavelmente não cumprirão as metas do Acordo de Paris” para redução das emissões globais de carbono. “Os países de alta emissão teriam de fazer um progresso rápido para descarbonizar seus sistemas de energia, fazendo a transição dos combustíveis fósseis na próxima década, enquanto os países em desenvolvimento precisariam contar com fontes de energia de baixo carbono para seu desenvolvimento econômico”, argumentou o estudo de inteligência.

Estadão, BBC, Bloomberg, CNN, Deutsche Welle e NY Times destacaram as conclusões desses estudos.

 

ClimaInfo, 26 de outubro de 2021.

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