UE discute plano para cortar emissões de metano do setor fóssil

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A Comissão Europeia está preparando um plano para reduzir as emissões de metano, conforme acordo assinado em Glasgow. A Reuters teve acesso a uma versão preliminar que tornaria mandatório o reporte anual de uma estimativa da quantidade de metano que vaza das instalações das várias partes do setor de petróleo e gás, de poços a refinarias e passando por todos os dutos no caminho. Junto, as operadoras terão que reportar as ações que tomarão e o acompanhamento destas, também anualmente.

Entre poços, processos e transporte, estima-se que o metano responda por 10% das emissões de gases de efeito estufa da União Europeia. Mais da metade deste metano vem da agropecuária europeia, um quarto vem dos vazamentos do setor fóssil, 20% do tratamento de resíduos e 5% de outras fontes.

Lá, como aqui, é mais fácil começar pelos vazamentos, onde há maior possibilidade de controle, e este faz sentido economicamente. O noticiário do Parlamento Europeu também comentou o documento. O processo legislativo da União Europeia é lento e espera-se que o documento vire lei em dois anos.

Em todo caso, o Parlamento aprovou uma reforma do setor agro europeu. O discurso, segundo Chloe Farand, do Climate Change News, alinha o setor com os objetivos climáticos. Mas ambientalistas contestam dizendo que a reforma vai ao encontro aos interesses dos grandes do setor, incentiva a superprodução e impacta negativamente a biodiversidade. Robin Ehl, também no Climate Change News, também comenta o texto e também acha que ele pouco modifica o setor.

 

ClimaInfo, 25 de novembro de 2021.

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