A venda de veículos elétricos ultrapassou a de modelos a diesel pela primeira vez na Europa em dezembro, destaca o FT. Agora o setor tem uma fatia de 20% do mercado europeu, incluindo o Reino Unido.
Há pelo menos três razões principais para este resultado, segundo o jornal econômico inglês: os motoristas continuam preferindo veículos subsidiados sem emissões a modelos a combustão (tendência que começou após escândalo de fraude nas emissões da Volkswagen em 2015); regulamentações introduzidas em 2020 obrigam os fabricantes da UE a vender mais veículos com baixas emissões para escapar de multas, favorecendo os elétricos; a Tesla superou rivais ao se adaptar a gargalos nas cadeias de fornecimento de semicondutores. Sobre este ponto, a Bloomberg relata como os outros fabricantes estão se movimentando para evitar que a Tesla “roube” o mercado de caminhões elétricos.
A empresa de Elon Musk dá sinais de que quer mesmo vencer a corrida e continua se movimentando para superar entraves – fez um acordo inédito com Moçambique para tentar se libertar da dependência do grafite chinês, mostra a AP; e um contrato com o estado de Minnesota, nos EUA, para fornecimento de níquel – outro mineral que o mercado de veículos elétricos está encarecendo em nível global, mostra o FT.
Resta saber o quão “verde” será o carro que depende tanto de mineração, uma das atividades mais nocivas ao ambiente. O Valor deu destaque à matéria do FT sobre o recorde de vendas dos elétricos na Europa.
Em tempo: A Bloomberg comenta campanha recente da Hyundai para falar da chegada tardia dos carros elétricos às TVs dos EUA. “É realmente impressionante que mesmo que todos tenham visto o modelo elétrico chegando desde muito, muito tempo, ninguém realmente estivesse trabalhando essa mensagem em qualquer escala”, afirmou à Bloomberg Kevin Krim, CEO da agência de publicidade EDO.
ClimaInfo, 18 de janeiro de 2022.
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