Citigroup apresenta seu plano de neutralidade climática

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O sexto maior banco privado do mundo, o Citi, anunciou seu plano climático. Entre as metas para 2030, a redução de ⅔ na intensidade de emissões da sua carteira de geração elétrica e uma redução absoluta de 29% das emissões financiadas no restante do setor de energia.

O anúncio veio cercado de avisos quanto a transição energética só ser possível com a participação ativa dos governos promovendo políticas públicas incisivas e a colaboração do setor privado e do resto da sociedade.

Ross Kerber, na Reuters, elogiou a meta de “redução absoluta”, posto que a maior parte do setor financeiro assume compromissos relativos, como a outra meta do próprio Citi envolvendo a intensidade das emissões.

Segundo Jennifer Surane, na Bloomberg, o banco acrescentou que só abandonaria clientes em última instância. Isso relativiza o anúncio climático, posto que o grupo sempre foi um dos principais financiadores da indústria fóssil.

Um exemplo de aderência aos fósseis veio de um grupo de seguradoras que, apesar de promessas e compromissos, acabou desistindo da meta de parar de oferecer seguros para o setor carvoeiro. Segundo a Bloomberg, os advogados do grupo alertaram que uma ação conjunta dessas poderia ser caracterizada como cartel e ter que enfrentar ações judiciais.

Em tempo: Enquanto o ex-vice presidente norte-americano Al Gore conseguiu atrair US$ 1,2 bilhão para um fundo de investimento voltado para ações climáticas, a poderosa Microsoft atraiu 6 vezes menos recursos para uma iniciativa semelhante. A Bloomberg deu as duas notícias e se absteve de fazer qualquer comparação do grau de engajamento dos dois. As notícias saíram aqui e aqui.

 

ClimaInfo, 20 de janeiro de 2022.

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