Seca intensifica conflitos armados no Chifre da África

seca Chifre da África

A insegurança alimentar e os efeitos das mudanças climáticas estão contribuindo para o aumento de conflitos armados no continente africano, mostra o Instituto Igarapé. Na região conhecida como Chifre da África, que engloba países como Somália, Quênia e Etiópia, milhões de pessoas, entre elas muitas crianças, estão sofrendo com a seca que atinge aquela parte do continente. Animais estão morrendo, fontes de água e pastos estão secando. Moradores relatam às Nações Unidas que nunca viram uma seca como essa.

A fome já atinge a região e, segundo a Associated Press, a UNICEF estima que mais de seis milhões de pessoas na Etiópia precisem de ajuda humanitária urgente até meados de março. A UNICEF estima que mais de 150 mil crianças nessas áreas da Etiópia abandonaram a escola para ajudar na busca da água escassa e a lidar com outras tarefas.

Na Somália, de acordo com o Consórcio de ONGs, 7 milhões de pessoas precisam de ajuda urgente. Com a falta de comida e água, aumentam os conflitos armados. Financial Times e Guardian também trazem informações sobre como a crise climática está afetando a região.

Em tempo: Enquanto o continente africano padece com as secas, no Equador e no Haiti são as chuvas que estão provocando transtornos. Pelo menos 22 pessoas morreram, dezenas ficaram feridas e 20 pessoas estão desaparecidas depois das chuvas torrenciais que atingiram Quito, a capital equatoriana, na segunda-feira (31/1). O Globo e Reuters trazem mais informações. No Haiti, milhares de casas foram inundadas após 36 horas de chuvas torrenciais, principalmente no norte do país. Cerca de 2,5 mil famílias estão desalojadas, e as equipes de resgate seguem o trabalho para evacuar pessoas das regiões de alto risco. Reuters traz detalhes sobre os estragos no país caribenho.

 

ClimaInfo, 2 de fevereiro de 2022.

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