Um dos principais obstáculos para a expansão do mercado de carros elétricos no Brasil está no preço desses veículos para o consumidor. Como a indústria brasileira ainda não produz carros com essa tecnologia, praticamente todos os veículos elétricos e híbridos que circulam no país atualmente são importados. Noves fora o desbalanço cambial, que prejudica o real em relação ao dólar, o imposto de importação contribui para tornar esses carros ainda mais caros, com uma alíquota que chega a 35% para veículos fabricados fora do Brasil, do Mercosul e do México.
O Estadão informou que um novo projeto de lei no Senado Federal quer derrubar esse imposto a zero para facilitar a entrada de carros elétricos no Brasil e barateá-lo para os consumidores domésticos. Pela proposta, apresentada pelo senador Irajá Abreu (TO), esses veículos estariam isentos do imposto de importação pelo menos até 31 de dezembro de 2025, em linha com um incentivo antigo que beneficiou o setor entre 2016 e 2021, mas que não foi renovado pelo governo federal. Segundo o senador, a isenção permitiria reduzir o preço final dos carros elétricos e híbridos em até 20%.
Por falar em carros elétricos, a jogada audaciosa do bilionário Elon Musk para comprar o Twitter trouxe dor de cabeça para a (ainda?) menina dos olhos do empresário, a Tesla. Um dia após o anúncio da compra da rede social, as ações da Tesla caíram mais de 12% nesta 3ª feira (26/4) nos Estados Unidos, resultando em uma perda de valor de mercado de US$ 125 bilhões – um montante três vezes maior que o valor acordado por Musk para tomar posse do Twitter. A principal incerteza dos investidores está na operação de financiamento da compra do Twitter por Musk: como ele não possui os US$ 46,5 bilhões livres para realizar a operação, espera-se que o dono da Tesla venda parte de suas ações para se capitalizar. O Valor deu mais detalhes.
Outro ponto de incerteza, destacado pela Bloomberg, sobre o futuro da Tesla está exatamente na disposição de Musk de continuar encabeçando a empresa. Considerando os objetivos ambiciosos que o empresário apresentou para o Twitter, é de se questionar o quanto tempo ele teria para se dedicar à Tesla – sem falar na outra empresa de Musk, a SpaceX.
ClimaInfo, 28 de abril de 2022.
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