Avanços na tecnologia de baterias impulsionam carros elétricos e geração elétrica renovável

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O avanço da geração elétrica eólica e solar caminha quase lado-a-lado com o da tecnologia de armazenamento de energia elétrica. Não à toa, um dos fatores que impulsionou o salto dessas fontes renováveis nos últimos anos foi o desenvolvimento de baterias com maior capacidade de estocagem e durabilidade, o que também foi sentido nas fábricas de carros elétricos.

No Estadão, Renée Pereira fez um panorama das possibilidades que o avanço tecnológico das baterias pode oferecer para a transição energética e a eletrificação da mobilidade. Em todo o mundo, a capacidade atual de armazenamento instalada é estimada em 10,7 GW, mas a expectativa é de que esse número exploda nas próximas décadas, com a possibilidade de superar a marca dos 1 mil GW em menos de 20 anos. Análises especializadas indicam que o mercado de baterias fature cerca de US$ 546 bilhões até 2035, sendo que o Brasil pode movimentar em torno de R$ 5 bi em investimentos anuais nesse mesmo período.

No entanto, o caminho para o futuro com energia renovável sem intermitência é longo e acidentado, para o Brasil e o resto do mundo. Um obstáculo que persiste é o preço da tecnologia: as baterias ainda são um dos componentes mais caros, por exemplo, na montagem de veículos elétricos. A escassez de matéria-prima para as baterias, como o lítio, não ajuda. Outro obstáculo, esse mais óbvio no caso brasileiro, é a falta de atenção do poder público, especialmente na oferta de incentivos para a fabricação desses componentes no país e na integração das baterias aos sistemas elétricos nacionais.

Enquanto isso, o Jornal do Carro (Estadão) também destacou o potencial dos veículos híbridos – que circulam com motores à combustão e sistemas eletrificados de propulsão – no mercado brasileiro. Esse tipo de veículo é visto como um modelo de transição entre os carros tradicionais, abastecidos com combustíveis fósseis e etanol, e os 100% elétricos, que ainda são bem mais caros. Montadoras como Toyota e Volkswagen já se movimentam para aproveitar essa oportunidade: enquanto a montadora japonesa já produz carros híbridos no Brasil, a alemã se prepara para lançar seu primeiro modelo flex no mercado brasileiro neste ano.

 

ClimaInfo, 13 de maio de 2022.

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