Tempestade Yakecan atinge sul do Brasil e derruba temperaturas

ciclone Yakecan
Reprodução Twitter

A tempestade subtropical Yakecan atingiu os litorais do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina na noite desta 3a feira (17/5), com ventos de 100 km/h. A ventania derrubou árvores, destelhou casas e provocou um blecaute em boa parte dos municípios gaúchos, afetando mais de 200 mil famílias. O vento intensificou a sensação de frio, derrubando os termômetros no Centro-Sul do Brasil nesta 4a feira (18/5). De acordo com o Climatempo, capitais como Belo Horizonte (10,2oC), Brasília (8,8oC), Goiânia (11,4oC), Cuiabá (11oC), São Paulo (7oC) e Rio de Janeiro (11,8oC) registraram as temperaturas mais baixas do ano.

Segundo a MetSul, Yakecan deve se afastar da costa brasileira, mas o vento e o frio devem perdurar até o final desta semana. Já no mar, o alerta é de forte ressaca e ondas que podem chegar a 5 metros nas praias do litoral gaúcho, segundo projeções da Marinha. A ressaca também deve atingir a costa de estados mais ao norte, como São Paulo e Rio de Janeiro. O Estadão e O Globo explicaram como a tempestade surgiu e o que a diferencia de outros fenômenos, como ciclones – o que, ainda bem, Yakecan não se tornou.

O frio intenso deve causar mais problemas na agricultura. O INMET alertou que o risco de geada pode afetar a produção de itens como milho, feijão, hortaliças, café e frutas. Os estados que podem ser mais afetados são Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Valor e UOL destacaram essa preocupação. Já O Globo mostrou que o frio afetou os preços internacionais do café tipo arábica, que dispararam mais de 10% nas últimas semanas, fechando a US$ 2.272 a tonelada nos contratos negociados na 3a feira.

Ainda sobre o frio, o podcast E Tem Mais (CNN Brasil) ouviu a meteorologista Josélia Pegorim (Climatempo) e o professor Humberto Barbosa (Universidade Federal de Alagoas) sobre a relação entre a mudança do clima e a maior ocorrência e potência de eventos climáticos extremos no Brasil e no mundo.

 

ClimaInfo, 19 de maio de 2022.

Clique aqui para receber em seu e-mail a Newsletter diária completa do ClimaInfo.