Ativistas climáticos e líderes indígenas recebem “Nobel ambiental”

Nobel ambiental
2022 Goldman Environmental Prize

O Goldman Prize, principal premiação internacional na área de meio ambiente, anunciou na última 4ª feira (25/5) seus laureados, e dentre eles, estão representantes indígenas e ativistas climáticos que enfrentaram os interesses de grandes setores econômicos. A advogada holandesa Marjan Minnesma, por exemplo, encabeçou o processo que resultou na condenação da Shell na justiça dos Países Baixos como responsável pelos impactos climáticos da queima de seus combustíveis. Outro advogado, o nigeriano Chima Williams, também foi premiado por sua liderança no esforço judicial contra a mesma petroleira devido a impactos socioambientais de um derramamento de óleo. 

O ativista Julien Vincent, da Austrália, foi premiado por liderar uma campanha bem sucedida para afastar investidores da indústria de carvão, conseguindo o compromisso de quatro dos maiores bancos do país de que eles deixariam de financiar esse setor a partir de 2030. Já a jovem Nalleli Cobo, dos Estados Unidos, foi reconhecida por mobilizar uma comunidade na região de Los Angeles, na Califórnia, contra a poluição de uma indústria química.

Os líderes indígenas do Equador Alexandra Narvaez e Alex Lucitante foram premiados por liderar a reação de suas comunidades à entrada de mineradoras de ouro em uma área da Floresta Amazônica. Por fim, o ativista tailandês Niwat Roykaew também foi laureado por ter impedido um megaprojeto de navegação comercial no rio Mekong que teria destruído centenas de quilômetros de seu leito e, assim, comprometido os ecossistemas aquáticos e a vida das comunidades que dependem da pesca.

Al-Jazeera, Bloomberg, Business Insider, Forbes, Guardian e Mongabay, entre outros, repercutiram a premiação.

 

ClimaInfo, 27 de maio de 2022.

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