“O Império contra-ataca”: petroleiras vencem ativistas climáticos em assembleias de acionistas

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AFP - BERTRAND GUAY

Depois de acumularem vitórias importantes no ano passado, grupos de investidores-ativistas estão tendo mais dificuldades agora para conseguir dobrar grandes empresas e cobrar delas mais ambição climáticas em suas assembleias de acionistas. Em geral, os resultados da mobilização desses investidores em 2022 estão muito aquém do esperado por eles próprios, o que deixa evidente o quão desafiador continua sendo promover mudanças “por dentro” dessas companhias.

Nesta semana, quase ⅔ dos acionistas da ExxonMobil e da Chevron rejeitaram resoluções que pediam mais alinhamento entre as estratégias de descarbonização dessas empresas e as metas climáticas do Acordo de Paris. Ao mesmo tempo, eles referendaram as propostas apresentadas pelos diretores, com objetivos explicitamente menos ambiciosos e frágeis. Financial Times, Reuters e Washington Post repercutiram a notícia. Da mesma forma, investidores da TotalEnergies votaram em sua esmagadora maioria a favor da política climática definida pela direção da companhia, a despeito de protestos significativos do lado de fora de sua sede, em Paris. Reuters e RFI deram mais detalhes.

Outro resultado ruim aconteceu entre os acionistas da Vanguard, a 2a maior gestora de ativos financeiros do mundo. Ativistas com participação na empresa queriam obter um compromisso de descarbonização do portfólio de ações, com o fim de aplicações financeiras em papéis de empresas dos setores de petróleo, gás natural e carvão. No entanto, os acionistas rejeitaram a medida e aprovaram o plano apresentado pela direção da Vanguard, que pretende atingir o net-zero só a partir de 2050. Financial Times e Reuters deram a notícia.

 

ClimaInfo, 27 de maio de 2022.

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