
O número de refugiados em todo o mundo ultrapassa atualmente o recorde de 100 milhões de pessoas, relata o ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados). “As pessoas que escapam a violência ou perseguição devem ser capazes de atravessar as fronteiras em segurança. Não devem enfrentar discriminação nas fronteiras ou ser-lhes injustamente negado o estatuto de refugiado ou asilo devido à sua raça, religião, sexo ou país de origem”, comenta o secretário-Geral da ONU, António Guterres, na página da ONU no Dia do Refugiado. A organização ainda destacou a discriminação nas fronteiras e a falta de abrigo e de segurança. Além disso, quem mais precisa está sendo negligenciado.
O Globo informou que dez países do continente africano encabeçam a lista dos que menos recebem financiamento para assistência humanitária, cobertura da mídia e ajuda internacional em questões migratórias. Isso evidencia a negligência no enfrentamento das crises humanitárias na África. Grande parte delas, conforme aponta o relatório anual do Conselho Norueguês para Refugiados (NRC), divulgado no início de junho, é de natureza prolongada e agravada por uma combinação desastrosa de diversos fatores, tais como movimentos de insurgência, violência contra civis, fome e desastres climáticos.
Enquanto isso, o g1 denuncia que agentes de segurança pública usaram gás lacrimogêneo e spray de pimenta contra indígenas da etnia Warao, refugiados da Venezuela, segundo denúncia de grupo de apoio aos indígenas no centro urbano de Belém (PA). O g1 também, em outra matéria, destaca dados da ACNUR informando que mil indígenas da etnia Warao vivem no Pará refugiados da Venezuela. O relatório”Refúgio em Números” da agência, mostra que, desde 1985, o Brasil reconheceu cerca de 60 mil pessoas como sendo refugiadas, a maioria delas vieram da Venezuela, seguidas por pessoas da Síria, da República Democrática do Congo e de Angola. UOL, R7, Exame e Folha de S. Paulo também trouxeram registros sobre a temática.
ClimaInfo, 22 de junho de 2022.
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