Setembro já bate recorde de queimadas na Amazônia e deve fechar com maior índice em 12 anos

queimadas setembro 2022
Nilmar Lage / Greenpeace

O mês de setembro nem terminou e uma coisa já está certa: ele será o mais devastador da Amazônia em mais de uma década no que diz respeito às queimadas. Dados parciais do INPE, referentes aos 25 primeiros dias do mês, indicam o registro de 36.850 focos de incêndio no bioma, 120% acima dos números totais de setembro de 2021. Salvo alguma explosão de última hora na proliferação de focos, o mês ficará atrás apenas de setembro de 2010, quando foram registrados 43. 933 focos de queimadas.

Nos últimos 12 anos, o total de queimadas na Amazônia em setembro superou a marca dos 30 mil focos apenas três vezes (2017, 2020 e 2022), sendo as duas últimas sob o governo de Jair Bolsonaro. O que chama a atenção agora é a voracidade do fogo: a Amazônia registrou uma sequência de recordes diários de incêndios florestais, com o último dia 4 figurando como o dia com mais queimadas registradas pelo INPE (3.393).

O agregado de 2022 também aponta para um aumento acentuado nas queimadas amazônicas. De 1º de janeiro até 25 de setembro, foram identificados 82.872 focos de calor contra 75.090 registrados ao longo do ano inteiro de 2021.

Folha e UOL deram mais informações sobre a disparada dos focos de queimadas na Amazônia.

 

ClimaInfo, 27 de setembro de 2022.

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