Depois de décadas de negociação e quase quatro anos de atrasos na aprovação do acordo comercial Mercosul-União Europeia, o presidente Lula e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, sinalizaram a possibilidade que a situação seja resolvida até julho. “Quero dizer que nós vamos fechar esse acordo até o fim deste semestre, para que a gente possa discutir outras coisas”, disse Lula durante coletiva de imprensa nesta 2ª feira (30/1) em Brasília, ao lado de Scholz.
Formalmente concluído em 2019, o acordo Mercosul-UE segue em “banho-maria” por conta, ao menos formalmente, do desconforto dos países europeus com eventuais impactos ambientais da intensificação do comércio com o Brasil. Sob Bolsonaro, o desgoverno ambiental brasileiro acabou servindo de justificativa para que países como França e Áustria se opusessem abertamente à aprovação do texto, ao menos se não houvesse novas garantias ambientais por parte do Brasil.
Com Lula, a expectativa em torno da aprovação do acordo Mercosul-UE é melhor, especialmente por conta de sua proatividade na seara ambiental. Ainda assim, o presidente também sugeriu seu interesse em reabrir a negociação de pontos específicos do acordo para facilitar sua aprovação. “Vamos trabalhar de forma muito dura para que a gente possa concretizar esse acordo. Mas algumas coisas têm que ser mudadas”, disse. Deutsche Welle, Estadão, Metrópoles, O Globo e Valor repercutiram a notícia.
ClimaInfo, 1º de fevereiro de 2023.
Clique aqui para receber em seu e-mail a Newsletter diária completa do ClimaInfo.