O Brasil deve superar em 2023 o recorde do ano passado de 4 gigawatts (GW) em adições anuais de capacidade eólica instalada. Esta é a projeção da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). A entidade afirma que até 2028 o Brasil terá 44,78 GW de potência instalada dessa fonte.
“Encerrando 2023, estaremos com 29 GW de capacidade instalada. Essa é a nossa previsão em termos de potência, e isso é superior a R$ 28 bilhões [em investimentos], porque cada gigawatt de eólica instalada é da ordem de R$ 7 bilhões”, disse a presidente da ABEEólica, Elbia Gannoum, à Agência Brasil.
Em fevereiro, o Brasil registrava um total de 890 parques eólicos, distribuídos por 12 estados, com a maior parte da produção dessa energia ocorrendo no Nordeste. As usinas somam uma capacidade instalada total de 25,04 GW, informam o Diário de Pernambuco e O Sul. Com isso, a participação da fonte eólica na matriz elétrica nacional está em 13,2%.
Dos projetos instalados até fevereiro, 130 tiveram financiamento do BNDES, totalizando 18 GW. Os recursos concedidos pelo banco a esses parques alcançaram R$ 52,170 bilhões desde 2005.
Na segunda (3/4), o banco aprovou R$ 907 milhões em financiamentos para a Casa dos Ventos implantar quatro parques eólicos no Rio Grande do Norte. Os projetos somam 202,5 MW e formarão o Complexo Eólico Umari, detalha o g1.
Enquanto implanta novos parques em terra, o Brasil também se prepara para as eólicas offshore, apesar das incertezas ambientais sobre tais projetos. Contudo, os planos do governo para a modalidade podem esbarrar na capacidade produtiva da indústria de equipamentos eólicos, que deverá chegar a seu limite até 2026, explica a Bloomberg Línea.
ClimaInfo, 5 de abril de 2023.
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