Um relatório divulgado na última 4ª feira (12/4) pela Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima (UNFCCC) reiterou a importância de um processo de transição à economia de baixo carbono social e economicamente justo, especialmente nos países e nas comunidades mais pobres e vulneráveis.
O documento foi elaborado pelo Comitê de Especialistas de Katowice sobre os Impactos da Implementação da Resposta e compilou algumas das melhores práticas de diferentes países que já estão implementando estratégias de transição justa e diversificação econômica.
Entre os casos levantados, estão o treinamento técnico no setor de energia solar para mulheres nas Ilhas Marshall, a transformação de um antigo estaleiro na Dinamarca em um parque industrial com cem empresas do setor de energia renovável, e iniciativas de proteção social para trabalhadores de fábricas do setor de fast fashion em Bangladesh que buscam modelos de negócios mais sustentáveis.
O relatório também destacou a necessidade de abordagens particulares para cada país, que considerem as especificidades e as necessidades locais/nacionais. Por exemplo, na Nigéria, a discussão sobre transição justa precisa ser vista sob a ótica da adaptação climática, já que as mudanças do clima estão prejudicando a agricultura e a pesca, setores que empregam cerca de 70% da população do país.“Para garantir que ninguém seja deixado para trás, os países precisam de políticas de transição e diversificação econômica que sejam abrangentes, inclusivas e baseadas no diálogo social e no envolvimento das partes interessadas”, destacou James Grabert, diretor de mitigação da UNFCCC. “Essas políticas precisam ser integradas aos planos nacionais de ação climática, bem como aos planos nacionais de adaptação, para evitar o agravamento da desigualdade.” A ONU News escreve sobre a análise.
ClimaInfo, 14 de abril de 2023.
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