Plano de Londres para ampliar zona de baixa emissão de poluentes é contestado na Justiça

Londres emissões veiculares
PA MEDIA

A proposta apresentada pelo prefeito de Londres, Sadiq Khan, para expandir a chamada zona de emissões ultrabaixas (ULEZ, sigla em inglês) na região central está sendo contestada na Justiça do Reino Unido por quatro conselhos distritais da cidade.

As autoridades londrinas planejam expandir a ULEZ para toda a Grande Londres a partir de agosto, em um esforço para reduzir a poluição atmosférica decorrente da circulação de veículos automotivos. Pelas regras vigentes, carros e caminhões mais antigos, que poluem mais, precisam pagar uma tarifa para poder circular nessa área.

No entanto, conselheiros dos distritos de Hillingdon, Bexley, Bromley e Harrow, além do condado de Surrey, argumentaram que a medida poderia prejudicar moradores e pequenas empresas nas áreas mais afastadas da região central e que passariam a ser contempladas pela ULEZ.

Além do aspecto regulatório, existe também uma disputa política no centro dessa questão: enquanto Khan é um nome destacado do Partido Trabalhista, os conselheiros são do Partido Conservador, liderado pelo primeiro-ministro Rishi Sunak.

O Guardian citou um porta-voz do prefeito londrino, que afirmou estar “satisfeito” pelo fato do tribunal ter recusado a maior parte da argumentação apresentada pelos reclamantes contra a proposta e que está pronto para defendê-la na Justiça. “É uma pena que algumas autoridades locais tenham optado por enfrentar esse desafio legal caro e equivocado, ao invés de se concentrar na saúde daqueles que representam”, disse.

BBC, Sky News e The Telegraph também repercutiram a notícia.

Em tempo: Ainda sobre o Reino Unido, o Guardian confirmou que o governo Sunak extinguiu o posto de representante especial britânico para mudança do clima. O último titular do cargo, Nick Bridge, anunciou recentemente seu afastamento e, de acordo com o jornal, não será substituído. Ex-representantes e ativistas climáticos lamentaram a decisão de Londres. “Isso é extremamente decepcionante. É um enorme passo para trás”, disse Sir David King, que ocupou o posto entre 2013 e 2017.

ClimaInfo, 14 de abril de 2023.

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