Clima extremo: inundações-relâmpago deixam mais de 100 mortos em Ruanda

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AP Photo

Chuvas torrenciais causaram inundações no oeste e norte de Ruanda, na África Centro-Oriental, e provocaram a morte de pelo menos 130 pessoas. Entretanto, o número de mortos tende a aumentar, de acordo com informações da Agência de Radiodifusão de Ruanda.

“Este pode ser o mais alto número de mortes causadas por desastres registrado no país num curto período, de acordo com os registros disponíveis dos últimos anos”, informou o jornal New Times, em relato da AP.

Em sua previsão para maio, a Agência de Meteorologia de Ruanda alertou que muitas partes do país vão receber mais chuvas do que a média neste mês. Segundo a CNN, o órgão acrescentou que os primeiros dez dias do mês serão mais úmidos do que o normal, com mais chuvas em relação a abril.

Chuvas fortes e consequentes danos e baixas são comuns em Ruanda entre março e maio. Mas o dilúvio na noite de terça-feira (2/5) foi extraordinariamente forte e duradouro, informa a BBC. É a pior inundação que o país já viu desde maio de 2020, quando cerca de 80 pessoas morreram.

As tempestades começaram em Ruanda na semana passada. As chuvas provocaram inundações e deslizamentos de terra que varreram várias casas em todo o país e deixaram algumas estradas inacessíveis.

A filha de cinco anos de Claudette Nyiraneza estava entre os mortos. “Não pudemos salvar minha filha sob os escombros até de manhã”, contou ela, acrescentando que os vizinhos a ajudaram a recuperar seu corpo.

Mortes também foram relatadas na vizinha Uganda em decorrência das tempestades. Seis pessoas morreram após deslizamentos de terra, disse a Cruz Vermelha do país.

Reuters, Al Jazeera, Guardian, DW e Africanews também noticiaram as mortes provocadas pelas tempestades em Ruanda e Uganda.

Em tempo: Um dia e meio de chuva ininterrupta causou inundações na região de Emilia-Romagna, no norte da Itália, e deixou dois mortos. Uma pessoa foi arrastada pelas águas enquanto andava de bicicleta em Castel Bolognese, na província de Ravenna, e outra morreu perto de Imola, quando sua residência foi atingida por um deslizamento de terra. Uma pessoa estava desaparecida, informa AP e Reuters. A tempestade ocorre no momento em que a Itália enfrenta um segundo ano de seca, que esgotou seu maior rio, o Pó. As fortes chuvas, porém, elevaram o nível do rio em 1,5 metro em 24 horas, e rios menores na Emilia-Romagna transbordaram. Cerca de 450 pessoas foram evacuadas de suas casas.

ClimaInfo, 4 de maio de 2023.

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