A cerimônia em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, na qual o presidente Lula destacou medidas para a área ambiental, também serviu como uma espécie de desagravo à ministra Marina Silva. A pasta do Meio Ambiente foi uma das mais esvaziadas pelos deputados federais, perdendo a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Com um discurso no qual exaltou os compromissos do governo com o meio ambiente, Marina lembrou que Lula havia recomposto a governança ambiental, recolocando a ANA e o Serviço Florestal Brasileiro em sua pasta. Mas que o Congresso promoveu um “retrocesso”, ressaltam Folha, Poder 360 e R7.
“É uma decisão que acatamos, porque na democracia a gente acata as decisões legítimas do Congresso Nacional. Mas não posso concordar, porque elas vão na contramão daquilo que significa ter uma legislação ambiental robusta e que faça com que o Ministério do Meio Ambiente possa cumprir com suas atribuições, que lhe são conferidas na Constituição Federal e em todas as leis que asseguraram a criação do Sistema Nacional do Meio Ambiente”, disse ela.
Marina também fez um pronunciamento em rede de rádio e TV. Destacou ações do governo no combate ao garimpo ilegal em Terras Indígenas e ao desmatamento. E conclamou toda a sociedade a combater as mudanças climáticas. “A crise climática atinge a economia e principalmente as pessoas mais vulneráveis. Hoje, é preciso ter consciência de que nosso tempo para agir está se esgotando”, destacou a ministra.
Na cerimônia, Lula reforçou que o meio ambiente voltava a ser prioridade de governo após quatro anos de abandono. E reafirmou o compromisso de retomar a liderança global do país na mitigação das mudanças do clima e no controle do desmatamento.
O presidente ainda falou sobre o lançamento futuro do “Plano Amazônia: Segurança e Soberania”, em parceria com os governos dos estados que compõem a Amazônia Legal. O plano pretende combater variados crimes ambientais, destaca a Agência Brasil.Lula também criticou os países ricos pela falta de recursos para o combate aos efeitos das mudanças climáticas, destaca o g1. “A luta é muito mais difícil do que a gente possa imaginar. Os países ricos prometem aquilo que não podem ou não querem dar”, afirmou.
ClimaInfo, 6 de junho de 2023.
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