Eleitores da Suíça aprovaram a cobrança de um imposto mínimo sobre as empresas internacionais e uma lei climática que visa reduzir o uso de combustíveis fósseis e atingir zero emissões até 2050. Ao que tudo indica, é uma resposta dos suíços aos níveis alarmantes de derretimento de geleiras que o país vem presenciando, efeito claro das mudanças climáticas e do aquecimento do continente europeu.
Quase 80% dos que votaram no referendo nacional apoiaram o aumento do imposto comercial do país para a alíquota mínima de 15%, ante o mínimo atual de 11%. Um endosso excepcionalmente forte, aponta a Reuters. Já a lei do clima foi aprovada por 59% dos eleitores.
A Suíça importa atualmente cerca de três quartos de sua energia, com todo o seu petróleo e gás vindo do exterior, explica a CNN. “Esses combustíveis fósseis não estarão disponíveis indefinidamente e representam um fardo pesado para o clima”, disse um comunicado no site do governo suíço. Assim, o governo pretende reduzir o uso de combustíveis fósseis enquanto aumenta a produção energética no país.
“Os suíços entenderam que a lei do clima é essencial para dar um primeiro passo e inscrever na lei suíça um objetivo claro para 2050”, disse a deputada do Partido Verde Céline Vara. Segundo o Euronews, ela agradeceu pelo fato de as pessoas terem ouvido os conselhos de especialistas, e não as “mentiras” postadas pelos oponentes ao projeto de lei.
Opositores argumentaram que as medidas aumentariam os preços da energia. Ainda assim, quase todos os principais partidos da Suíça apoiaram o projeto de lei. A exceção, informa a BBC, foi o Partido do Povo Suíço (SVP), de direita, que desencadeou o referendo depois de ir contra às propostas do governo.A nova lei do clima da Suíça também foi noticiada por Financial Times e DW.
ClimaInfo, 22 de junho de 2023.
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