Ataque a tiros na TI Yanomami mata uma criança e fere cinco adultos

ataque Povo Yanomami
Reprodução JN TV Globo

A comunidade Parima, localizada dentro da Terra Indígena Yanomami, foi alvo de um ataque armado na última 2ª feira (3/7), resultando na morte de uma criança e deixando outros cinco indígenas feridos. Não se sabe ainda as circunstâncias do ataque, mas a principal suspeita é de que ele tenha sido perpetrado por garimpeiros que continuam atuando ilegalmente no território.

De acordo com o g1, as vítimas feridas – dois adultos e três crianças e adolescentes – foram socorridas por servidores da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI). O corpo da menina morta, de 7 anos de idade, seguia desaparecido até a tarde de ontem depois de cair em um rio durante o ataque. Os indígenas feridos foram transportados pela Força Aérea Brasileira até dois hospitais em Boa Vista (RR). Não há informações sobre o quadro clínico delas.

Em nota, o governo federal repudiou o ataque contra a comunidade Yanomami e reiterou que “tem atuado para que os envolvidos sejam identificados e responsabilizados”. Após o ataque, agentes da Polícia Federal, da Força Nacional de Segurança Pública e da Força Nacional de Saúde Pública, bem como servidores da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI),  foram enviados à região para garantir a segurança das comunidades indígenas.

As forças federais estão na Terra Yanomami desde janeiro passado para enfrentar a grave crise humanitária que aflige as aldeias indígenas do território. Negligenciados pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, os Yanomami ainda sentem os efeitos da falta de medicação essencial, que causou desnutrição infantil e uma epidemia de malária no território. O governo também tem se esforçado para retirar os milhares de garimpeiros que atuavam ilegalmente na região; a maior parte deles já saiu, mas persistem alguns bolsões de garimpo em áreas mais afastadas no interior da reserva.

O ataque contra os Yanomami foi amplamente abordado na imprensa, com manchetes em CBN, Folha, Jornal Nacional (TV Globo), g1 e TV Brasil.

ClimaInfo, 6 de julho de 2023.

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