Devastação florestal na Mata Atlântica cai 42% entre janeiro e maio

desmatamento Mata Atlântica
Vinicius Depizzol / Wikimedia Commons

Mais uma boa notícia em relação ao combate do desmatamento no Brasil: de janeiro a maio deste ano, a devastação na Mata Atlântica – o bioma mais destruído do país – caiu 42%, na comparação com igual período de 2022. É o que mostra o novo boletim do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) Mata Atlântica, parceria entre a Fundação SOS Mata Atlântica, a Arcplan e o MapBiomas.

Nos cinco primeiros meses de 2023, a área desflorestada em toda a Mata Atlântica foi de 7.088 ha, área equivalente a pouco mais de 7 mil campos de futebol. Em igual período do ano passado, a área devastada no bioma totalizou 12.166 ha, relatam g1, Metrópoles, Brasil 247, CBN e Globonews.

Os estados que registraram as maiores áreas de desmate foram também os que tiveram as maiores quedas na taxa de desflorestamento: Paraná (-54%), Minas Gerais (-47%), Santa Catarina (-46%) e Bahia (-43%), informa o UOL. Em outros, como Espírito Santo, Pernambuco e Rio Grande do Sul, mesmo havendo redução, o desmatamento pode ser considerado estável. Alagoas, Rio Grande do Norte, São Paulo e Sergipe foram os únicos que tiveram aumento, porém, somadas, suas áreas desmatadas representam menos de 12% do total.

Para o coordenador técnico do MapBiomas, Marcos Rosa, a queda pode estar diretamente ligada ao aumento da fiscalização e ao fim do governo do inominável, que tinha completo descaso com questões ambientais – isso quando não estimulava o desmatamento.

“A devastação em áreas menores que três hectares praticamente não sofreu redução, enquanto nas maiores, especialmente aquelas acima de 15 hectares, houve um significativo decréscimo no desmatamento. Isso pode estar diretamente relacionado ao incremento da fiscalização realizada pelos estados, à mudança de postura no governo federal e no IBAMA e às restrições de crédito financeiro para propriedades com desmatamentos não autorizados.”

ClimaInfo, 28 de julho de 2023.

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