Resquícios do tufão Doksuri, chuvas históricas provocaram mortes, deslizamentos e inundações que arrastaram carros e destruíram estradas na região de Beijing, a capital da China.
A região foi atingida pelas tempestades mais fortes desde que os registros começaram, há 140 anos. As autoridades registraram 744,8 mm – a maior precipitação desde 1891 – entre a manhã de sábado e 4ª feira (2/8) em um reservatório nos arredores de Pequim, informou o serviço meteorológico da cidade.
As inundações deixaram pelo menos 20 mortos e 27 desaparecidos, destaca a Al Jazeera. Com isso, a tempestade se tornou a mais mortal a atingir a capital chinesa desde 2012, quando as inundações mataram 77 pessoas, lembra a CNN. A quantidade de chuva registrada em 40 horas ficou próxima da média pluviométrica de todo o mês de julho.
A quantidade de chuva foi demais para os antigos sistemas de drenagem da Cidade Proibida, o complexo imperial no coração de Beijing. Fotos e vídeos postados online mostraram os pátios do palácio inundados com a chuva que escorria pelas calhas de 600 anos, informa o Guardian.
O governo chinês enviou equipes de resgate para Zhuozhou, cidade com mais de 600 mil habitantes a sudoeste de Beijing. Zhuozhou fica na província de Hebei, que também sofreu bastante com as tempestades, relata a Reuters. As autoridades de Hebei declararam estado de emergência porque a precipitação média foi de 355 mm desde sábado, a mais intensa desde pelo menos julho de 2012. Mais de 134.000 residentes de Zhuozhou foram afetados, com mais de um sexto da população da cidade evacuada.
Doksuri foi um dos tufões mais fortes a passar pela China nos últimos anos. Ele atingiu a costa sudeste da província de Fujian, onde as autoridades dizem que mais de 2,6 milhões de pessoas foram afetadas. O tufão enfraqueceu para uma tempestade enquanto avançava para o norte, mas desencadeou grandes quantidades de chuva.
As tempestades históricas em Beijing e arredores também foram noticiadas por Guardian, NBC e AP.
ClimaInfo, 3 de agosto de 2023.
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