A Cúpula de Belém, que reunirá líderes dos países amazônicos na próxima semana, será importante para fortalecer a “voz amazônica” no diálogo com o mundo.
Essa é a perspectiva do diretor-executivo da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), Carlos Alfredo Lazary, que encabeçará formalmente as discussões na capital paraense.
Em entrevista à Agência Brasil, Lazary destacou a expectativa em torno da retomada da cooperação entre os países amazônicos a partir desta cúpula. “Imagino que o resultado, a partir da cúpula, fortalecerá a dimensão regional, na narrativa de chefes de Estado, para outros eventos, como a COP28 nos Emirados Árabes e para as reuniões do G20”, afirmou.
O diplomata brasileiro também abordou outros pontos de interesse para a OTCA nas conversas de Belém, principalmente nas áreas científica e tecnológica. Um deles é a necessidade de mais pesquisas sobre o Aquífero do Amazonas, no qual se estima que exista uma quantidade de água duas vezes e meia maior do que a dos rios de superfície da região. Da mesma forma, os Diálogos Amazônicos, que contarão com a participação de atores da sociedade civil e de Povos e Comunidades Tradicionais, poderão abrir novas frentes de cooperação entre os países.A busca por articulação e cooperação entre os países amazônicos também passa pelo combate ao crime organizado. O Metrópoles informou que, nos bastidores, esse tema esteve muito presente nos debates preparatórios e deve ser foco de ações a serem anunciadas pelos governos durante a cúpula. Entre as ações potenciais está a criação de um centro de cooperação policial dos países da Amazônia, com sede em Manaus (AM).
ClimaInfo, 3 de agosto de 2023.
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