Calor extremo atinge hotspots da indústria turística no Mediterrâneo

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Fabien - Pixabay Ambassador / Pixabay

Ilhas Gregas, Barcelona, Mallorca, Riviera Francesa, Mônaco, Costa Amalfitana… alguns pontos turísticos europeus ao longo do Mar Mediterrâneo, destinos visados no verão do Hemisfério Norte.

Mas o calor extremo está tornando o Mediterrâneo um destino indesejável para os turistas nesta época do ano, o que pode afetar uma indústria milionária e importante para a economia de países como Espanha, França, Itália e Grécia. Para piorar, os incêndios florestais potencializados pelas altas temperaturas trouxeram um elemento dramático para as férias nas Ilhas Gregas. Em Rodes, as autoridades tiveram que retirar moradores e turistas por conta do avanço rápido do fogo.

“Os turistas que visitam a Grécia não esperam o tipo de desastre que se abateu sobre Rodes, Creta e Corfu”, disse o jornalista grego Dimitris Yannopoulos ao Guardian. “Rodes, especialmente, foi um desastre completo, do tipo que o turismo grego não pode se dar ao luxo de repetir. Se isso acontecer uma ou duas vezes, seria o fim do turismo grego”.

Para quem vive do turismo no Mediterrâneo, a perspectiva não é boa. Além de recuperar a infraestrutura destruída pelo fogo nas áreas incendiadas, eles terão o desafio de convencer os turistas a voltarem sob a expectativa de novos verões tão quentes como o atual.

El País e PBS destacaram o impacto do calor intenso e dos incêndios florestais no turismo do sul europeu. Já a CNBC e a Reuters abordaram um movimento que começa a ser observado nos fluxos de turistas na Europa: ao invés do Mediterrâneo, alguns estão buscando destinos no norte do continente, como na Escandinávia, exatamente para fugir das altas temperaturas.

 

ClimaInfo, 16 de agosto de 2023.

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