Dinamarca anuncia doação de quase R$ 110 milhões ao Fundo Amazônia

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A Dinamarca aderiu ao grupo de doadores do Fundo Amazônia, que agora reúne cinco países e vislumbra novos recursos de mais de R$ 3 bilhões.

O governo da Dinamarca confirmou na última 3ª feira (29/8) que destinará 150 milhões de coroas dinamarquesas (cerca de R$ 110 milhões) para o Fundo Amazônia. O compromisso foi assinado durante uma reunião entre a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, com o ministro dinamarquês Dan Jørgensen em Brasília.

Em nota conjunta, Jørgensen elogiou os esforços recentes do governo brasileiro na restauração e no manejo sustentável de florestas e no combate ao desmatamento. “[O ministro dinamarquês] reconheceu o papel crucial do Fundo Amazônia – visto como um mecanismo robusto e transparente de pagamento por resultados, com governança sólida e rigor técnico-científico – no apoio aos esforços do Brasil para acabar com o desmatamento e promover a gestão sustentável das florestas”, disse o texto.

O anúncio é mais uma notícia positiva para o Fundo Amazônia. Depois de passar a gestão Bolsonaro “na geladeira”, ele foi retomado pelo governo do presidente Lula, que vem se esforçando para ampliar a base de doadores. Hoje, além dos governos da Alemanha e Noruega, que ajudaram a fundar o mecanismo, o Brasil conta também com apoio financeiro dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Suíça, bem como da União Europeia. Ao todo, as promessas de novos financiamentos superam R$ 3 bilhões para os próximos anos.

Correio Braziliense, Estadão, Poder360, Metrópoles, Nexo Jornal e O Globo repercutiram o anúncio.

Em tempo: Enquanto isso, representantes do governo brasileiro manifestaram irritação com o presidente da França, Emmanuel Macron. O chefe do Executivo francês causou mal-estar ao afirmar que gostaria que os países do Tratado de Cooperação Amazônica (TCA) aceitassem a adesão de Paris ao grupo, mesmo depois de rejeitar o convite para participar da Cúpula da Amazônia, realizada em Belém (PA) no começo do mês. Outro problema é que o Tratado não prevê a possibilidade de adesão de outros países, mesmo com a França abrigando parte da Amazônia a partir da Guiana Francesa. UOL e Valor repercutiram a situação.

ClimaInfo, 31 de agosto de 2023.

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