Mudança do clima intensificou calor e verão de 2023 foi o mais quente já registrado no Hemisfério Norte

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Gerd Altmann / Pixabay

Temperaturas médias mundiais entre junho e agosto foram as mais elevadas já registradas, o que deve fazer de 2023 o ano mais quente da história.

Um estudo da organização Climate Central revelou que as temperaturas recordes que afetaram bilhões de pessoas no Hemisfério Norte neste verão se deveram, em grande medida, às mudanças climáticas provocadas pelo homem. A pesquisa, que examina o período de junho a agosto, conclui que as emissões de gases de efeito estufa tornaram muito mais prováveis as ondas de calor que castigaram a Ásia, a África, a Europa e a América do Norte.

Assim, destaca a Folha, cerca da metade da população mundial – mais de 3,8 bilhões de pessoas – foi exposta a 30 dias ou mais de calor extremo agravado pelas mudanças climáticas. E pelo menos 1,5 bilhão de pessoas suportaram essas temperaturas diariamente durante os três meses.

Mas o calor anormal causado pela crise climática não se restringiu ao Hemisfério Norte. Aproximadamente 98% de toda a população – 7,95 bilhões de pessoas – experimentaram temperaturas incomuns, que se tornaram mais prováveis ​​devido às emissões de gases de efeito estufa, informam Um só planeta e CNN.

“Em todos os países que pudemos analisar [cerca de 200], incluindo o Hemisfério Sul, onde esta é a época mais fria do ano, vimos temperaturas que seriam difíceis – e em alguns casos quase impossíveis – sem as alterações climáticas causadas pelo homem”, disse Andrew Pershing, autor principal do estudo e vice-presidente de ciência da Climate Central.

O Copernicus, observatório meteorológico europeu, reforçou que as temperaturas médias mundiais durante os três meses do verão no Hemisfério Norte foram as mais elevadas já registradas. Por isso, a instituição aponta que 2023 provavelmente será o ano mais quente da história, informa o g1.

“A estação junho-julho-agosto 2023 foi de longe a mais quente já registrada no mundo, com uma temperatura média mundial de 16,77 graus Celsius”, anunciou o Copernicus. O resultado ficou 0,66°C acima da média no período 1991-2020, que também registrou um aumento das temperaturas médias do planeta devido à mudança climática provocada pela atividade humana. E superior – quase dois décimos – ao recorde anterior, de 2019.

Scientific American, Washington Post, National Geographic, France24, AP, Axios, Reuters e Bloomberg também repercutiram as temperaturas recordes causadas pela crise climática.

 

ClimaInfo, 12 de setembro de 2023.

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