Países amazônicos perderam 1 milhão de hectares em superfície de água

22 de setembro de 2023
Amazônia menos superfíicie água
Rovena Rosa / Agência Brasil

Média histórica de superfície de água entre 2000 e 2022 é de 25,4 milhões de hectares. Mas, na última década, todos os países registraram redução.

Nos últimos dez anos, a superfície de água diminuiu em todos os nove países amazônicos. Os dados são da plataforma MapBiomas Água Países Amazônicos, lançada na 4ª feira (20/9). Segundo o levantamento, entre 2013 e 2022 a superfície de água nessas nações teve queda de 1 milhão de hectares – equivalentes a seis vezes o território da cidade de São Paulo –, em comparação com todo o período analisado, de 2000 a 2022.

O MapBiomas analisou a superfície de água na Bolívia, no Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. A média histórica de superfície de água entre 2000 e 2022 é de 25,4 milhões de hectares. Mas, na última década, as nove nações sulamericanas registraram redução. Isso apesar do ganho de 747 mil hectares em relação à média histórica registrado em 2022, que elevou a área total de superfície de água para 26,2 milhões de hectares, representando 2% do território analisado.

No ano passado, o Brasil apresentou uma expansão da superfície coberta com água em relação à sua média histórica – o que colaborou para que o número de 2022 fosse positivo. Segundo a Agência Brasil, foram identificados 18,8 milhões de hectares cobertos de água no país em 2022, enquanto a média é de 17,8 milhões de hectares.

O Peru foi quem registrou a maior perda na última década: 124 mil hectares, uma queda de 7% em relação a sua média histórica, de 1,8 milhão de hectares, detalha o Metrópoles.

“Há três países que apresentaram redução da sua superfície de água durante todo o intervalo entre 2000 e 2022: Equador, Peru e Bolívia. Os outros seis apresentaram um período de aumento e outro de redução de superfície de água em relação à média histórica, que ocorreu entre 2013 e 2021, com tendências semelhantes, mas de magnitude variável”, explica Eva Mollinedo, uma das integrantes da equipe responsável pelos números.

A iniciativa foi desenvolvida de forma colaborativa por organizações da sociedade civil da região que conhecem a fundo as particularidades de seus respectivos países: membros da RAISG no Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.

Veja, IstoÉ Dinheiro e Expresso também noticiaram os números do MapBiomas sobre a redução da superfície de água nos países amazônicos.

 

ClimaInfo, 22 de setembro de 2023.

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