De acordo com o governo chinês, as perdas acumuladas por conta de eventos climáticos extremos no país asiático já somam mais de US$ 42 bilhões.
A “procissão” de desastres climáticos que acometeu a China ao longo de 2023 está saindo bastante cara. Um levantamento do governo chinês indicou que o país sofreu perdas econômicas diretas de 308 bilhões de yuans, cerca de US$ 42 bilhões (ou R$ 213 bilhões, na cotação de ontem), de janeiro a setembro deste ano.
O prejuízo econômico é sem precedentes na China e demonstra como o país asiático está exposto e vulnerável aos efeitos da mudança do clima. Nos últimos nove meses, os chineses sofreram com tempestades de areia, ondas de calor, fortes tempestades e inundações relâmpago que afetaram praticamente todas as províncias do país.
Ao todo, mais de 89 milhões de pessoas foram afetadas pelo clima extremo na China em 2023, com 2,75 milhões sendo forçados a deixar suas casas. Quase 500 pessoas morreram ou estão desaparecidas por conta de eventos climáticos extremos.
De janeiro a setembro, ocorreram 35 chuvas extremas na China, com uma precipitação acumulada de 534 milímetros, 5% inferior ao registrado no mesmo período no ano passado, mas com uma distribuição temporal e espacial muito mais desigual. Enquanto muitas áreas, como a região de Pequim, sofreram com chuvas históricas, outras ainda experimentam os efeitos de fortes ondas de calor e seca que prejudicam a produção agrícola no interior chinês.
A notícia é da Reuters e CGTN.
ClimaInfo, 11 de outubro de 2023.
Clique aqui para receber em seu e-mail a Newsletter diária completa do ClimaInfo.
