Além das fatalidades, saques eclodiram em Acapulco à medida que a população da cidade, na costa pacífica, ficava ainda mais desesperada por comida e água.
O número de mortos e desaparecidos pelo furacão Otis, tempestade de categoria 5 que atingiu a cidade turística de Acapulco, no Pacífico mexicano, na semana passada, subiu para 100. Otis teve ventos de 266 km/h na 4ª feira passada (25/10), inundando Acapulco, arrancando telhados de casas, hotéis e outros imóveis, submergindo veículos e cortando comunicações, conexões rodoviárias e aéreas.
O governo de Guerrero, estado onde fica Acapulco, disse em comunicado que 46 pessoas morreram e outras 54 estão desaparecidas, informa a Reuters. No domingo (29/10), autoridades federais de proteção civil do México disseram que havia 48 mortos, incluindo 43 em Acapulco e cinco na vizinha Coyuca de Benitez.
O acesso a alimentos e água continua a ser um desafio. Segundo o Guardian, o grupo varejista Antad instou o governo a intensificar esforços para evitar saques em suas lojas. Os saques eclodiram em Acapulco à medida que a população da cidade, de quase 900.000 habitantes, ficava cada vez mais desesperada por comida e água.
Os danos causados por Otis podem custar US$ 15 bilhões, segundo estimativas. E o governo mexicano enviou 17 mil membros das forças armadas para manter a ordem e ajudar a distribuir alimentos e mantimentos em Acapulco.
Otis surpreendeu por sua violência, destaca a CBS. A Administração Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos (NOAA) disse que “foi o furacão mais forte no Pacífico Oriental a atingir a costa na era dos satélites”.
E surpreendendo zero pessoas, meteorologistas e cientistas climáticos disseram que o aquecimento dos oceanos e o impacto das mudanças climáticas indicam que provavelmente veremos mais tempestades deste tipo no futuro.
VOA News, Washington Post, New York Times, ABC, npr e The Weather Channel repercutiram os efeitos de Otis em Acapulco e cidades vizinhas.
ClimaInfo, 1º de novembro de 2023.
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