Rumo à COP28: meta de financiamento climático de US$ 100 bi anuais pode ter sido atingida em 2022, diz OCDE

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OECD

Dados da OCDE indicam que financiamento totalizou US$ 90 bilhões em 2021 e sugerem que meta de US$ 100 bi pode ter sido batida em 2022.

Com atraso de pelo menos dois anos, a promessa dos países desenvolvidos de destinar pelo menos US$ 100 bilhões anuais para o financiamento climático nas nações em desenvolvimento pode ter sido cumprida em 2022. A estimativa é da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que calcula os fluxos anuais de financiamento climático desde o Acordo de Paris, em 2015.

A meta dos US$ 100 bi foi definida em 2009 na Conferência do Clima de Copenhague (COP15) para ser cumprida até 2020. No entanto, a promessa não saiu do papel dentro do prazo. No que diz respeito a 2021, último ano com dados consolidados, o montante efetivamente destinado pelos governos ricos para o financiamento climático ainda é inferior a essa meta – US$ 89,6 bilhões, um aumento de 8% em relação ao ano anterior, mas 10 bilhões de dólares abaixo do valor prometido.

Ainda assim, a análise da OCDE sugere, a partir de dados parciais, que a meta dos US$ 100 bilhões pode ter sido atingida em 2022. “A tendência geral ascendente é positiva e mostra que os países continuam intensificando suas ações para aumentar e mobilizar o financiamento climático”, observou Mathias Cormann, secretário-geral da OCDE. 

O financiamento público representou a maior parte do total destinado ao financiamento climático em 2021 – US$ 73,1 bilhões. Desse montante, mais de dois terços foram destinados por meio de empréstimos, com o restante sendo doações e outras operações financeiras. Por outro lado, o capital privado ainda engatinha nessa agenda: em 2021, ele respondeu por US$ 14,4 bilhões, valor equivalente ao registrado em 2019, mas estagnado na comparação com os números desde 2017. 

A Reuters repercutiu esses dados.