Servidores ambientais em 14 estados aprovam indicativo de greve

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Desde o início do ano, servidores reduziram ritmo das atividades em meio ao pleito por melhorias no salário e no plano de carreira da categoria.

Após o governo federal indicar o fim das negociações com servidores da área ambiental, escritórios regionais da categoria em pelo menos 14 estados aprovaram indicativo de greve. Desde janeiro os servidores reduziram o ritmo das atividades, como a avaliação de pedidos de licenciamento e ações de fiscalização, em meio ao pleito por melhorias no salário e no plano de carreira.

Na semana passada, a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (ASCEMA Nacional) definiu que as unidades estaduais deveriam decidir até 6ª feira (14/6) se iriam aderir ao indicativo de greve, informam Folha, Reuters e Valor. Segundo a entidade, trabalhadores de Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraíba, Espírito Santo, Pará, Acre, Rio Grande do Norte, Tocantins e Goiás aprovaram indicativo de greve a partir de 24 de junho. Já para Distrito Federal, Santa Catarina, Bahia, Paraná e São Paulo, a data acordada é 1º de julho. Servidores do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) também aderiram à greve a partir do dia 24.

No dia 7 de junho, o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) disse aos servidores da área ambiental que não iria mais fazer propostas para a reestruturação de carreira no setor e indicou que a mesa de negociação estava encerrada. A pasta afirmou que “o governo chegou ao limite máximo, do ponto de vista orçamentário, do que é possível oferecer” à categoria.

“A falta de diálogo por parte do governo nos levou a esta paralisação, que infelizmente aprofundará os já significativos impactos em diversos setores, especialmente no de petróleo e gás”, disse em comunicado o diretor da Asibama-RJ, Leandro Valentim.

Mesmo com o encerramento da negociação, o MGI disse estar aberto a contrapropostas dos servidores, desde que estejam dentro dos limites do orçamento federal. No entanto, a conduta da pasta desagradou a categoria. “Sem espaço negocial, não há meios de resolução do impasse. Os prejuízos estão contratados, a conta chegará”, destacou a ASCEMA Nacional, em nota.

 

ClimaInfo, 17 de junho de 2024.

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