Taxação de bilionários pode arrecadar US$ 250 bi anuais e beneficiar ações climáticas

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Dóllar Billie/Freepik

Proposta do economista francês Gabriel Zucman foi encomendada pelo Brasil na presidência do G20 e pretende assegurar taxação mínima de 2% sobre estoque de riqueza.

Dois mil e oitocentos indivíduos ao redor do planeta possuem US$ 1,42 trilhão em ativos financeiros e reais, como imóveis e participação em companhias, segundo estimativa da Forbes, e pagam irrisórios 0,3% em impostos. Se essa alíquota fosse elevada para igualmente baixos 2%, seria possível arrecadar entre US$ 200 bilhões e US$ 250 bilhões por ano – recursos que poderiam beneficiar ações climáticas, como já defendeu o ministro da Economia do Brasil, Fernando Haddad, no Valor.
A proposta de taxar os superricos foi apresentada na 3ª feira (25/6) pelo economista francês Gabriel Zucman. Ela foi encomendada pelo Brasil na presidência do G20 e deverá ser levada aos ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais em reunião do bloco no Rio de Janeiro, em julho. 

Zucman ressaltou que a taxa média de retorno sobre o capital dos superricos ficou em 7,2% nas últimas quatro décadas. “Uma alíquota bem aplicada de 2% reduziria a taxa líquida de retorno de 7,2% para 5,5%. Também não haveria preocupações sobre taxação dupla, uma vez que o tributo foi pensado para garantir apenas o mínimo de 2%”, detalhou.

Uma pesquisa da Ipsos indica que 69% dos brasileiros são a favor de uma taxação maior das grandes fortunas concentradas pelos chamados “superricos”. A porcentagem de apoio do país é bem próxima da média para o G20, de 68%, revelam Carta Capital e IstoÉ Dinheiro.

A proposta de taxação dos superricos foi notícia no Valor, Capital Reset, Poder 360, InfoMoney e Diário do Centro do Mundo, entre outros.

 

ClimaInfo, 27 de junho de 2024.

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