
Petroestado pensou em propor taxa sobre a produção de combustíveis fósseis para financiar enfrentamento às mudanças climáticas, mas ideia encontrou resistência de outras nações produtoras.
O Azerbaijão, petroestado anfitrião da COP29, abandonou os planos de propor uma taxa sobre os produtores de combustíveis fósseis para arrecadar fundos para o combate às mudanças climáticas. Em vez disso, pretende lançar um novo fundo na cúpula para investimentos verdes em países mais pobres.
Segundo uma fonte da organização da COP29 ouvida pela Reuters, o Azerbaijão inicialmente concebeu uma taxa sobre a produção de combustíveis fósseis para financiamento climático. A proposta, porém, enfrentou resistência dos países produtores de petróleo e gás fóssil do Golfo Pérsico.
De acordo com o Financial Times, o país teria dado seu primeiro passo simbólico para organizar uma proposta de financiamento climático, tema principal da COP29. Sob o título provisório de “fundo de investimento climático para o futuro”, o Azerbaijão pretende lançar o empreendimento com uma contribuição de US$ 500 milhões da estatal azeri de petróleo, a Socar.
O valor é muito inferior ao do fundo de US$ 30 bilhões anunciado pelos Emirados Árabes Unidos na COP28, que visa mobilizar US$ 250 bilhões de investimento do setor privado para ações climáticas até 2030. No entanto, funcionários da COP29 disseram que, da mesma forma, o fundo azeri seria um ponto de partida para as empresas de combustíveis fósseis contribuírem, com um mecanismo pelo qual poderiam doar quantias fixas ou porções de receita.
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ClimaInfo, 12 de julho de 2024.
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