Estima-se que 20.000 pessoas perderam suas casas em Granada e São Vicente e Granadinas durante a passagem de Beryl e estão vulneráveis a mais tempestades.
As imagens posteriores à passagem do furacão Beryl em algumas ilhas do Caribe no início deste mês eram de “terra arrasada”. A tormenta entrou para a história não apenas pelo seu alto poder destrutivo, mas por ter atingido a categoria 5, a mais alta da escala, logo no início de julho, algo que costuma ocorrer somente a partir de setembro durante a temporada de furacões no Atlântico.
Por isso, líderes de pequenas nações insulares do Caribe disseram que os danos financeiros causados por Beryl ultrapassaram suas capacidades e pediram aos credores que reduzissem os custos de financiamento para enfrentar os impactos das mudanças climáticas, destaca a Reuters. Sobretudo pelo fato de que eventos extremos são cada vez mais frequentes e intensos.
Estima-se que 20.000 pessoas perderam suas casas em Granada e São Vicente e Granadinas durante a passagem do furacão. Além disso, estão vulneráveis a mais tempestades em uma temporada que foi prevista para ser altamente ativa devido às temperaturas recordes do oceano.
Os líderes dos dois países estimaram centenas de milhões de dólares em danos e disseram que acumular mais dívidas com financiadores internacionais não era justo nem sustentável. “Estamos vendo o que pode acontecer em apenas algumas horas – pequenas ilhas inteiras dizimadas”, disse o primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves.
Há muito tempo países pobres pedem que as nações ricas cumpram suas promessas de reduzir as emissões, financiar esforços climáticos e considerar o perdão de dívidas. No entanto, uma investigação da Reuters mostra que bilhões em fundos climáticos estão sendo desviados de volta para os países ricos.
Enquanto isso, os prejuízos com Beryl, que também passou pelo México e chegou ao Texas, continuam sendo contabilizados. A Newsweek fala em pelo menos US$ 3,3 bilhões em todas as regiões por onde o furacão passou. Seguradoras calculam perdas de US$ 510 milhões somente no Caribe, informa o Miami Herald. Mas, segundo o Independent, somente nos Estados Unidos as perdas e danos com Beryl podem atingir US$ 32 bilhões.
ClimaInfo, 16 de julho de 2024.
Clique aqui para receber em seu e-mail a Newsletter diária completa do ClimaInfo.